sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O SETOR FINANCEIRO E A RESPONSABILIDADE SOCIAMBIENTAL

O SETOR FINANCEIRO E A RESPONSABILIDADE SOCIAMBIENTAL
“O que fazemos por necessidade, devemos fazer parecer que foi por vontade nossa que fizemos”. (Maquiavel)
Os anos 70 marcaram a necessidade de se repensar os padrões de consumo e produção que impactavam diretamente o meio ambiente causando sua deterioração.
Face o fortalecimento dos movimentos ambientais nos anos 80 os Governos Nacionais começaram a incorporar novos instrumentos na condução de suas políticas públicas buscando a compatibilização entre crescimento e preservação do meio ambiente.
Desde então muitos setores foram pressionados a mudar métodos e processos para se adequarem às novas demandas da sociedade e aos padrões exigidos. Mais do que apenas ter a aceitação do exercício de suas atividades pela sociedade, as empresas, buscam uma diferenciação das demais. Um capital simbólico criado a partir da reputação assume um importante papel no diferencial competitivo. Portanto acumular capital reputacional torna-se objetivo maior em empresas de vários segmentos e dentre elas o setor financeiro.
Inobstante o setor financeiro não possuir um impacto ambiental direto, o mesmo não se pode dizer dos impactos indiretos, uma vez que o financiamento concedido aos seus clientes afetará diretamente o rumo do desenvolvimento sustentável ou não.
O impacto indireto é tão real que a própria legislação se incumbiu de regular tais atividades:
A Lei 9.605/98 estabelece que: “... as instituições financeiras, quando financiarem projetos e empreendimentos em desacordo com as normas ambientais vigentes, poderão ser responsabilizadas, solidariamente, por eventuais danos causados ao meio ambiente.”
A partir dessa mudança conceitual e das pressões implícitas e explicitas, o segmento financeiro viu-se obrigado a galgar novos rumos em busca do desenvolvimento sustentável, garantindo, assim, sua sobrevivência, bem como a de parte da sociedade: sejam eles seus clientes diretos ou indiretos.
Em resposta às pressões exercidas pelo movimento ambientalista houve a criação dos Princípios do Equador em 2003, representando uma das iniciativas globais mais importantes de auto-regulação do setor privado em relação a padrões e normas socioambientais. Diante dos Princípios do Equador, os bancos seguem critérios de avaliação de projetos com valores acima de U$$ 50 milhões, representando 97% do mercado mundial.
De extrema importância tal iniciativa, uma vez sua amplitude influencia o comportamento dos bancos, mas também tem se tornado referencia para todas as atividades produtivas de grande monta que dependem de financiamento privado.
O principal propósito dessas políticas é a incorporação de riscos ambientais e sociais quando da avaliação de um financiamento, uma vez que ao conceder um financiamento o agente financeiro esta a “patrocinar” o impacto sobre a sociedade e ao meio ambiente advindos do futuro projeto. Assim sendo há uma maior consciência dos riscos.
Se um crédito é concedido, por exemplo, para empresas do ramo petrolífero, há um alto risco de derramamento de óleo o que possivelmente irá gerar um passivo ambiental. Portanto ao “induzir” ou exigir que a empresa tenha um plano de gerenciamento de riscos, a financeira está a garantir não só a recuperação do crédito concedido, como o bem comum da sociedade e meio ambiente.
Os bancos chegaram à conclusão de que as questões ambientais e sociais não mais poderiam ser tratadas como se fosse apenas um problema alheio e agir isoladamente não seria o melhor caminho, portanto demonstrar liderança, e aplicação de praticas de gestão ambiental e responsabilidade social seriam o caminho para a diferenciação e manutenção no mercado.


Portanto a resposta dos bancos às pressões advindas do movimento ambientalista não ficaram restritas as ações reativas, uma vez que de uma necessidade criaram estratégias visando recuperar o poder de definição de regras e estruturas do mercado.
Em contrapartida o empresariado que depende do setor financeiro (difícil encontrar algum que não dependa), se vê em meio às exigências no tocante ao lado social e ambiental, fato este que os fazem, ou por vontade própria ou imposição, trilharem o caminho da responsabilidade Socioambiental rumo ao desenvolvimento sustentável. E a sociedade de forma geral só tem a lucrar...

Degmar Augusta da Silva

Setor Financeiro X Impacto Socioambiental

Setor Financeiro X Impacto Socioambiental

A palavra de ordem atualmente é Responsabilidade Social, e quando falamos em RS estamos nos referindo às ações sociais e ambientais, aliadas ao desenvolvimento sustentável.

Um fato que nos chama a atenção é a mudança que vem ocorrendo no segmento financeiro, uma vez que este não se livrou da RS. Aliás, a RS é hoje fator de sobrevivência para quem busca manter-se no mercado, seja em qual segmento for.

Embora não possua um forte impacto socioambiental direto, o setor financeiro possui alto impacto indireto, devido principalmente ao fato de ser um agente fornecedor de capitais, ou seja, os financiamentos.

Portanto os bancos possuem um importante e fundamental papel no desenvolvimento sustentável. Não são executores, entretanto são indutores de mudanças no segmento da sustentabilidade de RS.

Na verdade, devido seu porte e potencial de geração de empregos, os bancos contribuem sobremaneira para que haja uma mudança de postura na sociedade brasileira.

Tais mudanças se referem aos impactos indiretos oriundos de atividades de financiamentos, uma vez que ao conceder um financiamento para uma empresa que explora mão de obra infantil, por exemplo, está indiretamente contribuindo para a exploração de trabalho infantil, ao mesmo passo que ao conceder empréstimos a uma empresa que possui uma gestão ambiental eficiente e ainda apresente boas estratégias de RS, está a contribuir para o desenvolvimento sustentável.

Degmar Augusta da Silva

Responsabilidade Social Não é Filantropia!!!

Responsabilidade Social Não é Filantropia!!!

Alguns gestos e ações podem mudar o futuro de um indivíduo, de uma família e de uma nação. Algumas pessoas ou grupos ficaram na história, uma vez que tiveram coragem para lutar por idéias e ideais em busca de um mundo melhor.

Vivemos uma desigualdade inumana e culpar ou deixar a responsabilidade para o governo não nos faz melhores. Apenas demonstra nossa omissão. É chegada à hora de sair da cadeira de meros espectadores e galgar um lugar no palco.

Abraçar e lutar por uma causa. Eis a questão! O que não afeta diretamente um indivíduo normalmente não é objeto de seu interesse. Entretanto, vivemos em sociedade e lutar por seu bem estar significa, dentre outras coisas, ter responsabilidade social.

Mas afinal o que é responsabilidade social? Sabemos que o termo tem se tornado nos últimos anos um “abre-alas” para empresas, entretanto temos que diferenciar filantropia de responsabilidade social.

A primeira se refere ao ato continuado de doar dinheiro ou bens a favor de pessoas ou instituições que trabalhem com causas sociais. Já responsabilidade social vai alem do simples ato de “fornecer o peixe”. Segundo Toro e Hoyos (1998, p. 4): "a responsabilidade social é o compromisso da empresa em contribuir com o desenvolvimento, o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos empregados, suas famílias e a comunidade em geral”.

Portanto devemos observar e sermos cautelosos ao empregar o termo e mais ainda, ficarmos atentos ao marketing usado por empresas no que diz respeito a ações de RS.

Por detrás dos “panos”, vemos muitas das vezes empresários que se intitulam socialmente responsáveis e, no entanto seus colaboradores são massacrados com jornadas excessivas de trabalho. Vemos ainda industriais que alardeiam ações socialmente responsáveis, contudo não fazem nada para o crescimento da cidade ou local que abriga suas indústrias e pior: degredam o meio ambiente, deixando como herança um passivo ambiental.

Diante da onda dos “socialmente responsáveis”, bom seria se as desigualdades fossem minimizadas e ações realmente responsáveis fossem abraçadas – começando em nossa casa e partindo comunidade afora.





Degmar augusta da Silva

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Cientistas prevêem intensificação das chuvas por efeito estufa

08 / 08 / 2008 Cientistas prevêem intensificação das chuvas por efeito estufa

As chuvas provavelmente se intensificarão em todo o planeta como resultado da mudança climática, prevêem cientistas americanos e britânicos em um estudo divulgado nesta quinta-feira (7) pela revista Science.Os pesquisadores da Universidade de Miami e da Universidade de Reading, no Reino Unido, dizem que as chuvas já se tornaram mais intensas como resultado do aquecimento global.Eles acrescentam que essa freqüência agora é maior do que as que os modelos climáticos tinham previsto."A atmosfera mais quente contém maiores níveis de unidade, que aumentam a intensidade das chuvas", explica Brian Soden, professor da Escola Rosenstiel de Ciências Marinhas e Atmosféricas da Universidade de Miami.Para chegar a essa conclusão, os cientistas utilizaram observações de satélites e simulações de computador com as quais analisaram a relação entre as chuvas tropicais e as mudanças na superfície terrestre, assim como o conteúdo de umidade atmosférica.Nelas, ficou claro que nos períodos de temperaturas mais baixas houve uma redução nas precipitações, destacaram.Em seu relatório, os pesquisadores dizem que suas observações revelam uma vinculação direta entre o clima mais aquecido e o aumento das precipitações extremas.O aumento dessas chuvas é muito maior do que o previsto pelas atuais simulações de computador, o que sugere que as mudanças nas chuvas por causa do aquecimento global provavelmente foram subestimadas.Segundo Soden, é crucial determinar o mais rápido possível as causas da divergência para compreender melhor as conotações do aquecimento global e o ciclo da água na Terra."A comparação entre as observações (de satélites) e as dos modelos de computador melhora nosso conhecimento sobre a forma como a chuva responde a um mundo cuja temperatura está aumentando", destaca no relatório Richard Allan, do Centro de Sistemas Científicos Ambientais da Universidade de Reading. (Fonte: Estadão Online)


Diponível em:
http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=39916

domingo, 27 de julho de 2008

Poluição do Ar: O preço do progresso!

Poluição do Ar: O preço do progresso!


Conjuntamente aos avanços advindos da revolução industrial em meados do séc. XVIII, a poluição do ar se fez presente, uma vez que a queima de carvão mineral despejava na atmosfera das cidades industrial enorme quantidade de poluentes. A partir de então, nós seres humanos e todo o meio em que vivemos tivemos que conviver com o ar poluído e ainda com todas as mazelas advindas desse “progresso”.

Nos dias atuais quase todas as grandes cidades do mundo padecem com os efeitos da poluição do ar. Cidades como São Paulo, Tóquio e Nova Iorque, fazem parte da lista das mais poluídas do mundo.

A geração de poluentes, nos dias de hoje, é resultado em grande parte da queima de combustíveis fósseis. A queima de gasolina e diesel, por exemplo, tem lançado uma enorme quantidade de monóxido e dióxido de carbono na atmosfera.

Ocorre que tal poluição vem gerando diversos problemas nos grandes centros urbanos, comprometendo a saúde do ser humano e comprometendo os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural.

A chuva acida, que é fruto dessa poluição, mata plantas e animais e aos poucos corroí monumentos históricos.

O clima também sofre alterações advindas da poluição do ar. Um claro exemplo é o efeito estufa que vem aumentando a temperatura do nosso planeta.

Os gases poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando assim a dissipação do calor, fazendo com que este fique concentrado na atmosfera, o que provoca, então, as mudanças climáticas.

Estudos e pesquisadores afirmam que poderemos vivenciar a elevação do nível das águas dos oceanos, fato este que acarretará em alagamento de cidades litorâneas e ilhas: espécies animais correm o risco de serem extintas e maremotos poderão ocorrer com freqüência maior.

O que nos acalenta é o pensar que o homem – ser dotado de inteligência – assim como desenvolveu tecnologias capazes de interferirem negativamente no nosso planeta, irá por certo avançar dia-a-dia no sentido de gerar maquinas e combustíveis menos poluentes e que não produzam poluição.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Elevação da produtividade hídrica - Consumo Insustentável

Elevação da produtividade hídrica - Consumo Insustentável

Em meio há tantos desafios, a água – recurso natural até bem pouco tempo visto como inesgotável – adquire cada vez mais ares de grande desafio, uma vez que a cada ano, mais de 80 milhões de pessoas “gritam’ por seus direitos aos recursos hídricos.

Ocorre, entretanto que, quase todos os 3 bilhões – senão mais – de habitantes que por certo serão somados à população mundial no próximo meio século, nascerão em países que já penam com a escassez de tal recurso e carecem do valioso liquido da vida.

Com uma economia cada vez mais integrada, a falta ou escassez de água cruza fronteiras através do comercio internacional de grãos, haja vista que para se produzir 1 tonelada de grãos são necessárias outras 1.000 toneladas de água. Portanto a forma mais fácil de suprir a deficiência em países que sofrem com a escassez de tal recurso é a importação de grãos.

Temos que os lençóis freáticos estão atualmente caindo nas regiões produtoras de alimentos. Tal fato se deve a extração excessiva.

A extração excessiva é um fato novo, restrita praticamente a ultima metade do Séc., uma vez que somente após o desenvolvimento de bombas poderosas, adquirimos a capacidade de extrair água de aqüíferos com uma rapidez tão grande que supera a recarga feita pela chuva.


Inobstante o crescimento populacional, a urbanização aliada à industrialização aumenta a demanda pelo recurso, uma vez que a população rural deslocando-se para prédios residenciais pode facilmente triplicar o consumo de água.

Já a industrialização consome, por sua vez, mais água que a urbanização e à medida que as pessoas ascendem na cadeia alimentícia e passam a consumir mais carne bovina, suína, aves e grãos, consomem também mais água, já que para a produção de cada alimento é necessário o uso da água.


Portanto se os governantes dos países carentes de água não adotarem medidas emergenciais e urgentes para estabilizar a população e ainda elevar a produtividade hídrica, a escassez de água será também a escassez de alimentos. Tais governos não podem continuar a separar a política populacional do abastecimento de água. Assim sendo, da mesma forma que os países voltaram-se a elevação da produtividade da terra há meio século quando, então, as fronteiras agrícolas desapareceram, agora é chegada a hora de voltarem-se a elevação da produtividade hídrica.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Verdadeiro Fantasma que Assombra os Cemitérios.

O Verdadeiro Fantasma que Assombra os Cemitérios.

Crescemos com a certeza de que a única certeza que temos é a morte. Pois bem, todos nós iremos morrer e de uma forma ou de outra nossos corpos serão dispostos em consonância com credos e religião.

O assunto não é dos melhores para se tratar, uma vez que envolve sentimentos dolorosos... Somente quem já perdeu um ente querido sabe a intensidade da dor... Entretanto, o assunto aqui não se relaciona com os sentimentos que envolvem a morte e sim o modo de disposição dos cadáveres.

Vivemos atualmente uma “onda” de preocupação ambiental e quando falamos de resíduos nos lembramos de quase todas as suas formas, contudo pouco ou nunca se ouve falar a respeito dos cemitérios - A palavra cemitério foi usada pelos primeiros cristãos para designar os terrenos destinados à sepultura de seus mortos.

Há que se enfatizar que cemitério é o local onde a morte e causa mortis do individuo estão sepultadas. Portanto, se exsite um local repleto de contaminação, ele se chama cemitério.

Trememos de medo ao deparamos com o lixo hospitalar, no entanto visitamos cemitérios, quase ou, sem preocupação alguma. Oras, o que gera o lixo hospitar, senão os serviços e toda parafernalha para o pronto atentimento e socorro a vida humana?
O cemitério compara-se a um aterro sanitário para lixos domésticos, uma vez que as matérias enterradas são orgânicas, entretanto existe agravante: é um aterro sanitário com muito "lixo hospitalar" incluso, posto que, a maioria das matérias orgânicas enterradas carrega bactérias e vírus de todas as espécies quais foram, provavelmente, a causa mortis.
Devemos considerar, ainda, que metais pesados, advindo de próteses, materiais das urnas etc. contribuem para a ação poluidora e os ácidos orgânicos gerados na decomposição cadavérica irão reagir com esses metais. Acresça-se ainda, os resíduos nucleares advindos das aplicações recebidas pelo indivíduo em vida.

A localização e operação inadequadas de cemitérios em meios urbanos podem ocasionar a contaminação de mananciais hídricos por microrganismos que proliferam no processo de decomposição dos corpos. Caso o aqüífero freático seja contaminado na área interna do cemitério, tal contaminação poderá fluir às regiões próximas, aumentando, assim, o risco de saúde na população que utilizar desta água captada através de poços rasos.


Uma das maiores preocupações dos ambientalistas é sobre o necrochorume - liquido que é liberado pelo corpo em decomposição. Apenas para ilustrar: um corpo em decomposição pode liberar cerca de 30 litros de necrochorume-composto basicamente de água, sais minerais e substancias orgânicas biodegradáveis, como a putrescina - em um período de seis meses.

Infelizmente na maioria dos cemitérios brasileiros a disposição desses resíduos sólidos é inadequada, ficando em depósitos a céu aberto, o que nos leva a crer que alem dos populares lixões, temos outro problema a ser encarado.

segunda-feira, 17 de março de 2008

SACOLAS PLÁSTICAS – UM MAL NECESSÁRIO?

As pessoas em todo mundo vêm acordando para um grave problema ambiental: o grande número de sacolas plásticas e sua forma de descarte.

Se pararmos para pensar e puxarmos em nossas memórias, por certo nos lembraremos dos tempos em que vivíamos numa boa sem as “benditas” sacolas plásticas.

Saíamos dos supermercados, padarias, farmácias, enfim... Das compras, ilesos às vilãs do séc. XXI: sacolas plásticas.

Ocorre que indiscutivelmente somos da “lei do menor esforço” e diante da “evolução” as sacolas de tecidos ou mesmo os sacos de papel, perderam espaço para as sacolinhas de plástico que parecem já fazer parte da natureza.

Parte da natureza? Parece uma piada de mau gosto, mas não é! Infelizmente elas – sacolas de plástico - estão poluindo rios e córregos e entupindo bocas-de-lobo.

O que fazer então? Recusar as sacolinhas plásticas e ir às compras com a velha e boa sacola de tecido? SIM! Não há motivos para esperarmos que o governo faça algo se nós mesmos podemos usar o bom senso e diminuir, senão extirpar o uso de um “mal desnecessário”.

Oras, paremos de reclamar e reclamar e vamos à luta por um mundo melhor e habitável!

Se o seu governo não faz, faça você! Ou será mais confortável esperar pela proibição do uso de sacolas plásticas para que criemos um pouquinho de consciência?

Aliás, somos a cultura do “faça você que depois eu faço”. Ou mudamos a forma de encaramos as coisas e partimos para a ação ou seremos condenados a viver de reclamações a espera de alguém que dite o que podemos e o que não podemos fazer.

Degmar Augusta da Silva

sexta-feira, 7 de março de 2008

MEIO AMBIENTE E COMÉRCIO EXTERIOR – A MÁSCARA DO LIVRE COMÉRCIO

A década de 1970 marcou, especialmente na região Norte do Planeta, a necessidade de se repensar os padrões de consumo e produção que impactavam diretamente o meio ambiente.
Já na década de 1980, diante do fortalecimento dos movimentos ambientais, os Governos Nacionais começaram a incorporar novos instrumentos na condução de suas políticas públicas, buscando a compatibilização entre crescimento e preservação do meio ambiente.
Desde então muitos setores foram pressionados a mudar métodos e processos tradicionais de produção para se adequar às novas demandas da sociedade e aos padrões exigidos para comercialização. Entretanto, as mudanças não ficaram restritas aos consumidores locais, abrangendo amplamente as relações internacionais.
A crescente preocupação quanto ao tema 'meio ambiente e comércio internacional' tem conduzido à multiplicação de acordos e entendimentos de vários tipos. Porém, verifica-se que tal preocupação, às vezes, vestida de “lobo em forma de cordeiro”, deve ser bem avaliada de forma a não deixar que medidas restritivas e revestidas de um extremo cuidado com o meio ambiente – protecionismo disfarçado de preocupação ambiental - tornem-se um instrumento perigoso nas mãos dos governantes.
Na medida em que a preocupação com o meio ambiente cresce, crescem também as restrições usadas pelos governantes, embora tais medidas nem sempre possuam, como objeto, a verdadeira preocupação com o meio ambiente. Na maioria das vezes observa-se que o longo discurso, normas e outras medidas, prestam-se somente a camuflar o protecionismo.
Nos últimos 30 anos verificou-se um crescimento nas exportações mundiais, em especial nos países desenvolvidos. Entretanto, nesse mesmo espaço de tempo, a preocupação ambiental tomou forma: os padrões de consumo e produção tiveram que ser reavaliados. Tal reavaliação se fez presente em forma de normas, tratados e convenções internacionais, multilaterais e bilaterais. Dessa forma, nada impede que o comércio internacional seja tratado em conformidade com os princípios ambientais, uma vez que o desenvolvimento sempre foi tido como fator impactante para o meio ambiente.
Tem-se como bom discurso a redução de tarifas de importação e outras barreiras não tarifarias. Entretanto, esse mesmo discurso está aquém da prática, uma vez que os governantes, em meio à “onda do verde”, camuflam medidas restritivas através de medidas de proteção ambiental.
Percebe-se, então, que o dito “jeitinho brasileiro” não é característica somente dos brasileiros, uma vez que vários governantes internacionais estão usando o seu “jeitinho” na deliberada intenção de restringir o acesso as exportações advindas principalmente dos países em desenvolvimento. O protecionismo nesse caso reveste-se de preocupação ambiental.
É fato que um país em desenvolvimento possui maior dificuldade em assimilar e colocar em prática medidas de proteção ambiental estipuladas por países desenvolvidos. Por outro lado, é importante avaliar a particularidade de cada país, de forma a considerar a estrutura tecnológica, científica, econômica e financeira. Cada país possui padrões de consumo e produção distintos, o que significa a existência de diferentes níveis de poluição. Portanto, a capacidade de absorção da degradação ao meio ambiente varia de acordo com as peculiaridades de cada ecossistema, de modo que o impacto dessas agressões pode resultar em danos distintos.
Cada vez mais, os requisitos ambientais tornam-se freqüentes e rigorosos em determinados setores, dificultando, assim, o acesso a mercados. Um bom exemplo, é a União Européia, ao utilizar cerca de 16,7 mil barreiras não-tarifárias, dentre as quais 648 são de natureza ambiental.
Outra medida restritiva é o subsidio agrícola - um impeditivo aos países produtores de grãos - uma vez que é impossível competir em um mercado onde países desenvolvidos ”bancam” a produção e vendem seus excedentes a preços ínfimos. Em contrapartida os países em desenvolvimento que conseguem colocar seus produtos no mercado exterior sofrem com a desvalorização dos mesmos, importando em aumento de produção e declínio de renda. E pior: são castigados com maior tarifação.
É uma vergonha o fato dos países desenvolvidos gastarem cinco vezes mais em subsídios em relação à Ajuda Oficial ao desenvolvimento. Melhor seria se empreendessem esforços para realmente levar ajuda aos países em desenvolvimento, de forma a não dar esmolas e, sim, permitir que usando as próprias pernas e com o fruto de seu trabalho os países em desenvolvimento alcancem um melhor padrão.
O fato é que, de uma forma ou de outra, os países desenvolvidos buscam a eterna permanência da submissão dos países em desenvolvimento. Seja ela em nome do meio ambiente ou de qualquer outra forma. Em nome da suposta bondade pregam o discurso do livre comércio; contudo, ele foi muito bem incorporado pelos países em desenvolvimento e aos países desenvolvidos a teoria se sobrepõe a prática. Um exemplo claro é o Haiti, país pobre e com economia totalmente aberta – motivo de aclamação – entretanto, país onde a pobreza e o subdesenvolvimento são uma constante.
Em relação ao comércio internacional há que se avaliar não somente o produto em si. Ao exportar um produto, a nação exporta também seus recursos naturais, sua cultura, enfim uma parte do país. Devido à existência de subsídios agrícolas e outras medidas restritivas, nem sempre é a exportação compensadora, uma vez que os custos para produção não refletem o desgaste ambiental bem como o uso de recursos naturais, como a água. Por outro lado, se os custos com o meio ambiente e recursos naturais refletirem no preço final, o mesmo torna-se um impeditivo a competitividade.
Assim sendo, não é antagônica a relação comércio exterior e meio ambiente. Contudo, enquanto perdurar o protecionismo disfarçado, o meio ambiente assim como toda nação em desenvolvimento serão castigados em detrimento de um maior crescimento nas exportações.
É fato que as exportações são necessárias ao crescimento e desenvolvimento econômico de um país. Entretanto, fatores como subsídios agrícolas, barreiras tarifarias e não tarifárias aliadas ao excesso de normas, tratados e convenções, fazem com que um reestudo sobre a exportação e suas formas seja avaliado. E principalmente, não seja os países em desenvolvimento mantidos na condição de mero espectador a espera de novas ordens dos países desenvolvidos.
O impacto sobre o meio ambiente jamais poderá ser esquecido em detrimento da lucratividade, uma vez que os recursos naturais – mesmo que não contabilizados – são exportados conjuntamente ao produto final.
Portanto, ações positivas e mutuamente acordadas buscando incentivar avanços na proteção ao meio ambiente devem ser elevadas de forma que instrumentos unilaterais, coercitivos e arbitrários desapareçam.


Degmar Augusta da Silva

sábado, 16 de fevereiro de 2008

10 ML DE AMOR




10 ML DE AMOR

O amor pode ser medido? Claro! E ele cabe direitinho em um frasco de 10 ml. É uma dose pequena de sentimento, mas se prestarmos atenção, para algumas pessoas é vital. Entretanto, a correria do dia-a-dia, o estresse e o próprio individualismo, nos remete a uma situação vergonhosa: camuflar a falta de doadores de medula óssea.

Os portadores de leucemia só dependem disso: 10 ml do nosso amor. E também precisam que todos nós sejamos interessados em ajudar, pois não é fácil encontrar um doador compatível: quando o doador não é um membro da família, a chance é de um em um milhão.

Rhanyer Paullo, 24 anos, é formado em ciência da computação e portador de leucemia. Ele publicou uma carta, desabafando a importância da doação de medula óssea para ele, e para milhares de pessoas que necessitam de você para seguir suas vidas. A carta esta disponível no site “Doe medula” (http://www.doemedula.com/doemedula/minhaHistoria.html), mas você pode lê-la na íntegra, aqui!

“Sabe aquele pensamento que todos têm de que "isso nunca vai acontecer comigo"? Pois bem, acontece.

Bom pessoal meu nome é Rhanyer Paullo, tenho 24 anos, sou formado em Ciência da Computação, me formei agora em dezembro de 2006. Levava uma vida normal... mas em outubro de 2007 descobri que estava com Leucemia Mielóide Aguda (LMA), tipo M2...

Uma mudança radical na vida. De repente estou forte e saudável e no outro dia, estou no hospital lutando pela minha vida e ouvindo falar em quimioterapia, transfusões de sangue e plaquetas, passando por internações que duram em média de 20 a 25 dias e UTIs e quem sabe, também vou precisar de um transplante de medula. Tudo começou com umas dores nas costas e muito torcicolos. Meu pescoço ficava duro e minhas costas doíam muito. Isso durou umas 2 semanas.
Fui a 3 médicos e eles falavam que era lombalgia, má postura ou estresse. Fiz 10 sessões de fisioterapia, mas não adiantou muita coisa e não foi pedido nenhum exame. Depois tive um sangramento no meu olho esquerdo. Fui novamente ao medico e me falaram que era um vaso sangüíneo que tinha se rompido. Depois fiquei um pouco gripado com febre, muita tosse, meu corpo suava muito, dores de cabeça, minha gengiva estava inchada.

Fui novamente ao médico me falou que era uma virose e novamente, não pediram nenhum exame... no feriado do Dia das Crianças fui pra Caldas Novas, onde minha mãe mora... tinha uma semana que eu estava com os sintomas de febre.
No domingo minha mãe, aflita e com medo de ser dengue, me levou ao médico e brigou com ele para fazer todos exames: de sangue, tirei radiografias do pulmão e da cabeça para ver se eu estava com sinusite por causa da dor de cabeça e, à tarde, tive a suspeita do médico que me falou para voltar correndo para Goiânia e começar minha luta.

Passei por muita coisa dali para frente, além do medo da quimioterapia... A primeira (sessão) quimioterapia pra mim foi um trauma, pois tive muitas reações alérgicas aos medicamentos... Perdi 8 kg, tomei muita injeções na barriga para voltar a minha resistência.

Bom, a segunda quimioterapia foi um pouco mais tranqüila. Tive febre durante uma semana e meia, mas pelo menos não tive na UTI (VOCÊ NÃO TEM IDÉIA COMO É A UTI. COITADO DE QUEM TEM QUE PASSAR POR LÁ). Também não tive muita reação aos medicamentos, passava mal, mas dava para agüentar... Agora estou em casa, me recuperando para a próxima quimioterapia... E muito feliz por estar com minha família e por ter conhecido um monte de gente que estão me dando uma grande força, pois nessas horas o psicológico da gente fica muito abalado....

Fiz os exames para ver se minha irmã e minha mãe e meu pai fossem os meus doadores de medula mais não foram. Agora meu nome está no banco nacional de doadores de medula e já terminei a minha terceira quimioterapia. Agora estou esperando pelas febres. Segundo a doutora falou, elas virão uma hora ou outra, mas estou bem. A terceira internação depois da quimioterapia foi bem mais tranqüila. Só tive muita febre, dor de cabeça e tosse. Fiquei 12 dias no hospital, tomei muita transfusão de sangue e de plaquetas.

Então venho aqui chamar a atenção sobre a doação de medula como para mim, é para muitas outras pessoas a melhor coisa de ser ouvida quando se tem leucemia. Para alguns é a única chance de uma nova vida! Mas as doações de medula no Brasil são muito raras, pois os doadores só aparecem quando tem um caso de leucemia na família. Têm medo da palavra transplante, mas isso tudo é muito simples para doar a medula.

A boa noticia é que isto pode ser mudado se todos colaborarem com a doação de medula, você não faz idéia de como é difícil para algumas pessoas ouvirem dos médicos que você tem 20% de chance de continuar vivo com o transplante de medula..

É por isso que venho aqui implorar para vocês para se tornarem doadores de medula e dar esperança para muitos que sofrem com esta doença. Agradeço a todos que estão rezando por mim ...

Me ajude a divulgar esta campanha!
Esta campanha não é só para doações para mim e sim, para milhares de pessoas que necessitam de uma doação para poderem seguir as suas vidas, vida esta que você pode ser o responsável por salvar!

Se você pode doar, então doe e ajude a salvar uma vida.
Rhanyer Paullo”

Ajude seu próximo, salve vidas, cadastre-se como doador. É simples e indolor. Procure o Hemocentro da sua cidade e torne-se um verdadeiro cidadão. A esperança para os portadores de leucemia estão em 10 ml do seu sangue.


Texto:Degmar Augusta da Silva( Las Hermanas)
Edição: Mariana Espirito Santo ( Las Hermanas)
Contato:
degtilili@hotmail.com

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Política para resíduos sólidos será apresentada na conferência das cidades

E vamos acompanhar né!


matéria disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=36404

gestão ambiental
14/02/2008
Política para resíduos sólidos será apresentada na conferência das cidades

O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Luciano Zica, apresenta nesta quinta-feira (14) aos delegados da Conferência Mundial de Desenvolvimento das Cidades, reunidos em Porto Alegre (RS), o projeto de Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tramita desde o ano passado no Congresso Nacional. Palestrante convidado, Zica vai focar sua exposição na importância do debate e da aprovação da Política que, segundo ele, foi construída em harmonia com a Lei dos Consórcios, a Lei do Saneamento Básico e a Lei de Crimes Ambientais e completará o arcabouço legal da sustentabilidade ambiental no País.Zica espera receber significativa contribuição dos participantes da Conferência, seja na forma de declaração de apoio ao projeto, seja em sugestões para aperfeiçoá-lo, o que o Secretário vem buscando em diferentes fóruns qualificados, com diferentes setores do empresariado e cooperativas de coletadores. O amplo debate, para o Zica, é um pré-requesito da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Segundo ele, a lei cria, por meio do mecanismo da logística reversa, eixos bem claros que definem as responsabilidades dos diferentes segmentos da sociedade, como o setor produtivo industrial, o importador, o comerciante e para o consumidor. Todos eles terão de dispor corretamente de seu resíduo para a coleta e serão induzidos até mesmo a mudar seus padrões de consumo para reduzir a geração de resíduos.A política estabelece ainda mecanismos de controle para a aplicação de recursos públicos, condicionando a aplicação de recursos federais para a construção de aterrros sanitários e compra de equipamentos pelos municípios e o Distrito Federal à aprovação de planos de gestão integrada que implica na criação de consórcios intermunicipais e melhora a qualidade tanto dos investimentos no setor, como do serviço prestado à população.O Secretário vai aproveitar a palestra para mostrar que já está adotando as diretrizes da Política Nacional nos investimentos feitos pelo MMA na área de resíduos sólidos. A SRHU firmou convênios com sete estados da bacia do São Francisco, além do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, para realizarem planos estaduais de gestão associada de recursos sólidos.A Conferência Mundial do Desenvolvimento das Cidades prossegue até sábado, dia 16, e reúne centenas de gestores públicos, acadêmicos, líderes comunitários e empresários e envolve dezenas de instituições de todo o mundo. (MMA)

Degmar Augusta da Silva



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Fabricantes poderão ter de recolher pneus usados

E a "novela" continua...

matéria disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=36369

reciclagem
13/02/2008
Fabricantes poderão ter de recolher pneus usados

Fabricantes, importadores e revendedores de pneus podem passar a ser obrigados a recolher e dar destinação final aos pneus usados, quando os produtos não forem mais reutilizáveis.O Projeto de Lei 2305/07, do deputado Homero Pereiro (PR-MT), tramita em regime de urgência na Câmara, juntamente com o Projeto de Lei 1259/95, do deputado Pedro Novaes (PMDB-MA), que trata da reciclagem de pneus inservíveis, e o Projeto de Lei 203/91, do Senado, também referente ao assunto. As propostas serão analisadas por uma comissão especial. Se aprovadas, terão de ser votadas pelo Plenário.De acordo com as propostas, a destinação final de pneus usados deve ser feita com tecnologias que não afetem a saúde pública nem o meio ambiente. Os prestadores de serviços de consertos ou remoldagem de pneus também estarão sujeitos às mesmas obrigações.Homero Pereira lembra que pneus inservíveis podem ser transformados em combustível alternativo, em asfalto ou em novos artefatos, como tapetes para carros, percintas de sofás e pisos industriais. "Ainda assim, a falta de destinação ambientalmente correta e adequada do material gera graves problemas para a saúde pública e o meio ambiente, entre os quais, a formação de criadouros do mosquito da dengue", destaca.Com o aumento da produção de pneus, adverte o deputado, a tendência é o agravamento dos problemas. Segundo ele, em 2002, foram comercializados 50,2 milhões de pneus no País, número que subiu para 57,2 milhões em 2006. Na opinião de Homero Pereira, os lucros da indústria de pneus permitem responsabilizar esses empresários pela destinação final desses produtos. (Estadão Online)

Degmar Augusta da Silva

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Nos últimos anos o crescimento populacional ocorreu de forma espantosa e desordenada, culminando em maior consumo e por conseqüência em maior volume de resíduos. O consumismo aliado aos produtos descartáveis aumentou sobremaneira o volume diário de lixo.

Em 2004 a população mundial atingiu 6.400 milhões e continua a crescer em 80 milhões por ano, estando o Brasil em quinto lugar entre os países mais populosos, atrás da Indonésia, Estados unidos, Índia e China.

A cidade de Goiânia no Estado de Goiás possui - segundo fontes do IBGE/2007 – 1,2 milhões de habitantes. Entretanto os padrões de consumo variam de acordo com a realidade de cada habitante. Portanto o volume diário de lixo há de ser medido de forma diferenciada.

A questão é: Goiânia produz muito lixo ou é fruto de um consumismo desmedido? O grau de instrução e a situação financeira traduzem consciência ambiental? Os mais abastados depositam em seus lixos resíduos orgânicos que servirão de alimento à pobreza que vive da catação? Realmente o crescimento populacional impacta o meio ambiente ou é a prática do consumismo responsável por sua degradação?

Acompanhando os catadores e caminhões de coleta de resíduos, verifica-se que o lixo produzido pela classe mais abastada, contem grandes quantidades de resíduos orgânicos e industriais. Já o lixo produzido pela classe menos favorecida possui pequena quantidade de resíduos orgânicos e inexpressiva quantidade de resíduos industriais.

Observa-se que parte dos resíduos depositados pela classe mais abastada serve de alimento e fonte de renda para a classe menos favorecida, uma vez que o lixo produzido não é lixo e sim fruto de um consumo inconsciente.


Conclui-se que não é o crescimento populacional o real fator da degradação ambiental, uma vez que famílias mais abastadas e com alto grau de instrução possuem menos filhos. Entretanto, produzem numero bem maior de lixo que uma família pobre e com baixo grau de instrução.


Degmar Augusta da Silva

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

LIXO








Você sabia que cada pessoa produz o equivalente a 300 quilos de lixo por ano? É isso mesmo! Diante disso, é preciso repensar nossos padrões de consumo e reduzir a produção de lixo.

Sabemos que não há como não produzi-lo, porém, este cenário torna-se alarmante. Somos cerca de 6,5 bilhões de habitantes no planeta e algumas medidas devem ser tomadas, independentemente da situação financeira ou status social de cada um.

Uma dessas medidas é a segregação do lixo, que se torna, hoje, imprescindível. Essa prática tem o objetivo de proporcionar a reciclagem, uma vez que se juntarmos os materiais recicláveis ou reutilizáveis com materiais não-renováveis, estaremos degradando o meio ambiente, dificultando assim, o reaproveitamento de matérias-primas como papel, vidro, metal e plástico.




Jamais jogue lixo nas ruas ou às margens das rodovias. Seja consciente, pois o lixo leva muito tempo para se decompor. Vejamos:

Papel: de 3 a 6 meses;

Pano: de 6 meses a 1 ano;
Filtro de cigarro: 5 anos;
Chiclete: 5 anos;
Madeira pintada: 13 anos;
Nylon: mais de 30 anos;
Plástico: mais de 100 anos
Metal: mais de 100 anos
Borracha: tempo indeterminado;
Vidro: 1 milhão de anos.



Degmar Augusta da Silva


sábado, 26 de janeiro de 2008

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Acabei de ler a matéria e achei legal repartir com vcs.
Disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=36020
Bjus Deg

desenvolvimento sustentável
25/01/2008
EXCLUSIVO: Fábrica de madeira plástica chega ao mercado brasileiro com capacidade para produzir 900 toneladas/mês

Mônica Pinto / AmbienteBrasil

Um produto tido como ecologicamente correto ganha impulso agora no Brasil, a partir do início das operações, em dezembro passado, da Wisewood, fábrica de madeira plástica instalada no município paulista de Itatiba. Resultado de um investimento de R$ 20 milhões, a empresa tem capacidade de produção de 900 toneladas por mês, inicialmente disponibilizando dormentes, cruzetas para postes de transmissão de energia, pallets e tapumes de madeira plástica. Ao despejar no mercado esse volume de produção, na prática, são cerca de mil toneladas de madeira natural que deixam de ser subtraídas da natureza. “Quando você corta árvores, não utiliza os galhos”, explica a AmbienteBrasil Vladimir Kudrjawzew, presidente executivo da Wisewood. Mas outro ganho ambiental expressivo reside no fato da madeira plástica ser fabricada a partir de resíduos de plásticos e de borracha. Com isso, a empresa montou uma extensa rede de agentes para coleta, gerando só nesse processo, conforme divulga, 3,5 mil empregos indiretos em sua cadeia produtiva. São utilizados recipientes descartados de produtos de limpeza, de higiene e brinquedos, por exemplo, além de pneus, um vilão poluente, como se sabe, em função de seu longo tempo para degradação no ambiente natural. “Estamos tentando desenvolver o uso de carcaças de computador como aditivo”, antecipa Vladimir que, com o sócio, Rogério Igel, também compra resíduos de pós-produção de outras indústrias e promove coletas direcionadas, por exemplo, em postos de combustíveis, para adquirir embalagens de óleos lubrificantes. A Wisewood está também estabelecendo parceria com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) para fazer a coleta e destinação de embalagens de agrotóxicos. “Vamos procurar sempre os plásticos que hoje são mais difíceis de reciclar”, diz Vladimir. MercadoOs melhores clientes da madeira plástica são aqueles cujas aplicações requeiram grande durabilidade, já que o produto sintético tem resistência muito superior ao natural. Na construção civil, por exemplo, muitas vezes o tapume se acaba antes da obra e, no caso de formas para concreto, a construtora pode depois revendê-las para a própria Wisewood, onde passarão por reciclagem. Mas o que parece colocar a empresa num patamar de mercado confortável esbarra, na prática, em disputas desleais e questionáveis sob todos os pontos de vista. “Tem muita madeira ilegal na construção civil e, aí, nós não temos como competir”, diz Vladimir. Segundo ele, a área ferroviária é mercado promissor. “A Companhia Vale do Rio Doce demanda grande quantidade de dormentes somente para reposição em suas ferrovias. Se esta necessidade for atendida com dormentes de madeira plástica, a estrada terá sua vida útil ampliada e não será preciso desmatar". Para desenvolver o produto, a Wisewood contou com a colaboração da equipe da professora doutora Eloísa Mano, coordenada por Elen Vasques Pacheco, professora adjunta do Instituto de Macromoléculas Professora Eloísa Mano (IMA), da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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Degmar Augusta da silva

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

DE OLHO NO PROTECIONISMO

A matéria me fez recordar o trabalho que fizemos sobre o assunto...

disponível em :
http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=35887


energia17/01/2008

Protecionismo nos biocombustíveis supera preocupações ambientais
Apesar da preocupação mundial com o aquecimento e com o impacto da produção de biocombustíveis sobre o preço dos alimentos, os governos pouco fazem para incentivar o comércio internacional de combustíveis mais baratos e ambientalmente corretos, segundo especialistas.As tarifas e barreiras comerciais impedem, por exemplo, que o Brasil, líder em competitividade no setor de biocombustíveis, exporte mais etanol de cana. Os embarques na verdade devem cair neste ano em relação a 2007.Na Europa, os produtores de biodiesel foram afetados por um aumento nas importações dos EUA, cujos fabricantes se beneficiam de subsídios pela mistura do produto com o diesel mineral. Para contra-atacar e proteger os seus produtores do biocombustível, a UE pode impor taxas compensatórias, segundo fontes do setor.A UE também se vê afetada por enormes quantidades de biodiesel argentino barato, com estímulo de taxas preferenciais. O governo da Argentina taxa o produto em apenas 5 por cento, enquanto a exportação do óleo comestível é taxada em 30 por cento."Alguns países estão tentando resolver um problema mundial, que é o aquecimento global e a mudança climática, apenas com soluções nacionais", disse Marcos Jank, diretor da Unica (entidade brasileira dos produtores de cana), durante o Summit Global da Reuters de Agricultura e Biocombustíveis.Segundo a Unica, o etanol de cana é mais competitivo do que o produzido com outros produtos agrícolas. Cada hectare de cana rende sete litros de etanol, bem acima dos três litros por hectare de milho.Além disso, os custos de produção são menores, e a eficiência energética - quantidade de energia usada na produção versus a energia resultante - é cinco vezes maior do que no álcool de milho, segundo a Unica.Além disso, seu impacto sobre os preços alimentícios é mais limitado do que no caso do milho e do trigo. Quase um terço da próxima safra norte-americana de milho pode ser transformada em combustível, o que pressiona a inflação dos alimentos.Mas as tarifas em alguns dos maiores mercados mundiais de combustíveis, como EUA e Europa, vão limitar as exportações de etanol do Brasil. A consultoria Datagro prevê uma queda de 3,8 bilhões de litros em 2007 para 3,4 bilhões de litros neste ano.Perspectivas sombrias - A Unica diz que seus argumentos não são auto-promocionais, já que Ásia, África e o resto da América do Sul, por exemplo, também poderiam produzir álcool combustível de cana. Mais de cem países - a maioria pobres - têm condições de cultivar a cana-de-açúcar."A Europa está tentando subsidiar seus agricultores para produzir etanol de beterraba e trigo ao invés de comprar etanol do exterior. O mesmo acontece nos EUA. A maior parte do etanol de lá é de milho, provavelmente de biomassa no futuro, mas não importado", disse Jank."Acreditamos que, se esses países considerarem importar mais de países em desenvolvimento, o equilíbrio energético e ambiental será muito melhor, e os custos serão muito mais baixos", disse ele.Mas os sinais desses países apontam numa direção contrária.O presidente do Comitê de Agricultura dos EUA, deputado Collin Peterson, disse na terça-feira (15) que os créditos fiscais e as tarifas sobre o etanol teriam de ser mantidas para que haja condições para o desenvolvimento do etanol de celulose."Esperamos que não tenhamos mudanças no imposto ou nas tarifas no curto prazo" afirmou. O álcool brasileiro é taxado em 54 centavos de dólar por galão no mercado norte-americano. Assim, a exportação direta só é vantajosa em ocasiões raras e específicas, quando há preços excepcionalmente baixos no Brasil e altos nos EUA.E as perspectiva continuam negativas, pois em dezembro os EUA aprovaram uma Lei de Energia que estabelece como meta o uso de 36 bilhões de galões de biocombustíveis - em princípio, sem recorrer a importações."Eles não vão abrir seus mercados. Vão manter sua tarifa de importação e criar uma cota, e então vão administrar esta cota por critérios geopolíticos", previu Plínio Nastari, presidente da consultoria brasileira Datagro.Wallace Tyner, professor da Universidade Purdue, de Indiana (EUA), disse que a meta prevista em lei só pode ser atingida com mudanças de tarifas."O Brasil e muitos países centro-americanos têm capacidade para ampliar rapidamente sua produção de etanol, caso (os EUA) sinalizem que há mercado para isso", disse Tyner. (Estadão Online)
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Degmar Augusta da Silva

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Mudanças climáticas debatidas na Conferência Nacional do Meio Ambiente

Vale a pena conferir esta notícia que saiu na página da Envolverde:
A Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA) entra na reta final com a realização das plenárias estaduais, em fevereiro e março.
Leia a matéria reproduzida abaixo ou confira esta e outras notícias na página da Envolverde na internet pelo link: http://envolverde.ig.com.br/ .

"14/01/2008 - 08h01Mudanças climáticas debatidas na Conferência Nacional do Meio Ambiente
A Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA) entra na reta final com a realização das plenárias estaduais, em fevereiro e março. Estão previstos 21 encontros nesses dois meses, nos quais serão eleitos os delegados para a reunião nacional, de 8 a 11 de maio de 2008, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília. Até agora, foram contabilizadas 308 conferências em todo o Brasil, com a mobilização de cerca de 40 mil pessoas, sendo 237 encontros municipais, 67 regionais e quatro estaduais (Amapá, Ceará, Mato Grosso e Piauí).Nesta edição, a CNMA tem como tema as Mudanças Climáticas. O texto-base para discussões nos estados deverá ser distribuído até o final do mês, e estará estruturado em duas partes. A primeira traz artigos informativos sobre quatro tópicos: Aspectos científicos da mudança do clima, Aquecimento global e os países em desenvolvimento, Especificidades brasileiras e Mitigação da mudança do clima e adaptação. O objetivo é que estes textos possam disseminar os conceitos fundamentais da mudança do clima e, com isso, proporcionar um debate qualificado sobre o tema.A segunda parte do documento apresenta detalhes sobre os quatro eixos temáticos que irão nortear os trabalhos da III CNMA: Mitigação, Adaptação, Pesquisa e desenvolvimento tecnológico e ainda Educação, Capacitação e Disseminação. As resoluções irão subsidiar a criação do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, em elaboração pelo Governo Federal.A edição deste ano trouxe novidades importantes, como uma maior participação de alguns segmentos específicos. Das vagas reservadas à toda sociedade (50%), 5%, no mínimo, para representantes de comunidades tradicionais e 5% para delegados de comunidades indígenas. Os governos municipais também irão compor metade dos delegados do segmento governamental (20%), ficando os 30% adicionais com o setor empresarial.Na primeira edição da CNMA, em 2003, cerca de 65 mil pessoas participaram das conferências municipais, regionais e estaduais. Durante a conferência nacional foram debatidas 4.151 propostas e aprovadas 659 deliberações. Em 2005, na II CNMA, a participaram foi elevada para 86 mil pessoas, com a aprovação de 881 deliberações.(Envolverde/MMA)"